terça-feira, 4 de novembro de 2014

Enfim, blog...

Japão, 4 de novembro de 2014
Terça-feira

Enfim resolvi dar um passo maior que as minhas pernas: criar um blog.
Digo maior que minhas pernas porque não sei se terei tempo para escrever tudo que gostaria de escrever, vou tentar, quem sabe eu consigo.

Tenho um adolescente em casa com 16 anos, com ele aprendi muitas coisas que pretendo passar para quem precisa e estiver interessado.
Na minha primeira postagem vou publicar um texto que ja compartilhei em alguns grupos, espero que ajude:


Adolescencia não é hora de educar os filhos...

Todo mundo já ouviu falar que adolescência é uma fase dificil, eu ouvi muitas vezes, e tentei me preparar para quando ela chegasse aqui em casa. 
E ela chegou!
Meu filho mais velho começou a ficar impaciente e em algumas ocasiões faltava com o respeito dentro de casa com mais ou menos com 13 anos, logo no comecinho ele ainda tinha o esporte para extravassar, e ajudava muito a acalma-lo, mas no final do primeiro ano do ginásio ele quebrou o pé, passou por uma cirurgia e teve q
ue deixar o voleibol, e isso parece que desencadeou o pico da revolta dessa fase, além de não poder participar do esporte, o ano letivo começou sem ele, não podia ir pra escola por causa do pé, a classe ficava no terceiro andar, e assim ele passou 2 meses em casa, nervoso, frustrado e adolescente.
Foi muito dificil.
Tivemos muitas brigas, e nós todos sofremos muito, meu marido dizia que aquele Fabinho, o nosso Fabinho nunca mais ia voltar, que hoje, e daqui pra frente, ele era outra pessoa.
Isso me entristecia muito, muito mesmo. Mas, eu nunca acreditei nisso, porque em todas as nossas brigas, mesmo no calor da raiva, eu conseguia enxergar dentro dos olhinhos do meu filho , bem la no fundo, meu menininho carinhoso e querido dizendo:
" Mamãe, me ajuda!
Tem paciencia comigo, eu ainda to aqui!"
Nós estavamos sofrendo, meu marido e eu, mas meu menino sofria mais, e eu nunca desisti dele, eu não aguentaria de mais ninguém tudo o que ele falou e fez, aí entendi o amor incondicional.
Quando ele começou a fazer fisioterapia, senti ele mais calmo, com alguns rompantes de revolta ainda, mas, logo ele voltou pra escola, voltou a treinar, a ter contato com os amigos e , por fim, voltou a ser titular do time.
No começo do ultimo ano do ginasio as coisas ja tinham melhorado muito, e eu sentia meu filho voltando para nós, claro que com algumas diferenças, ele cresceu, amadureceu, os amigos passaram a ser mais importantes na vida dele, mas o meu filho estava de volta, calmo, bem-humorado e, até carinhoso.
Foi dificil!
Não desisti dele mesmo nos piores momentos, e todos os dias antes de ele sair para escola nós nos despediamos na porta com um abraço e um "Vai com Deus", sempre, sem falhar, mesmo depois de uma briga, mesmo magoada, mesmo nervoso e com raiva, assim eu conseguia um abraço dele todos os dias.
Agora, o que eu pretendia com esse post-relato é dizer para todas mães, que vão passar por isso, que existe sim uma luz no fim do tunel, não desistam dos seus filhos, tenham muita paciencia quando ele(a) der com a porta do quarto na sua cara, quando ele(a) gritar com vc ou quando ele(a) simplesmente te ignorar, vai passar...
Adolescência não é hora de educar os filhos, é hora de acreditar na educação e amor que vc deu para eles antes disso.
Espero ajudar com essa minha pequena experiência.







Sol de outono